
Meu retrato na parede
só traz uma novidade:
o fundo tinto de verde
ficou tinto de saudade.
O olhar pálido de sede
no poço da eternidade
é a luz filtrada na rede
da grade da liberdade.
Uma ruga me comove
de ter restado na vida
do nada que me ficou.
E só o sonho se move
na retina amanhecida
desta foto que restou.
A. Estebanez
(Dedicado com muito carinho
à amiga Lucia Borini Simões)
É lindíssimo este poema, trouxe uma definição para a magia de velhas fotos.
ResponderExcluirum abraço, ótimo fim de semana