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26 de set. de 2009

RANCORAMOROSAMENTE



Se tiveres que passar
pela porta de minha vida,
não o faças indiferentemente.
Faze-o rancoramorosamente
e deixa-me algo que pareça paz
ou coisa menos ou mais eterna
do que a aurora de um sorriso.
Se for uma hora de despedida
que seja vestida com a ternura
do arco-iris de purpurina
do colo de uma flor.

Deixa-me alguma coisa
como lembrança de partida.
Se possível, deixa-me o amor
martirizado pelo espinho
da extrema felicidade
com que (não mintas)
sempre sonhei.

Pelo tamanho da minha dor
talvez tu sintas o tamanho
do amor com que te amei...

Afonso Estebanez

Um comentário:

  1. Fiquei sem palavras, nada que eu disser será adjetivo suficiente pra descrever o lirismo de suas poesias, intensamente lindas.
    Convido pra visitar meu blog deixe um comentario, seja qual for.
    janefreitas.blogspot.com

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