
Não fixarás raízes
em terras ocupadas pelos sonhos
que se perderam da esperança de sonhar:
sonhos perdidos são lembranças mortas
de pássaros banidos da memória
do remoto destino de cantar...
Não tornarás felizes
aqueles a quem impões acreditar
na primavera em que nem tu acreditas
ser sonho estacionado na reinvenção da vida:
a fé traída pode até ser encantada
mas desencanto é razão perdida...
Não curvarás a alma
às grades do cárcere do coração
por onde vazam relâmpagos de claridade:
claridade é a luz da sombra penetrada
como a aurora é a janela da alvorada
e a alma o cárcere da liberdade...
Julis Calderón
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