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28 de ago. de 2009

DA ESPERA DESESPERADA



Penso em deixar o coração aberto
para quando tu vieres me buscar.
Nada em meu peito ficará deserto
enquanto o coração puder cantar.

Meu pássaro cantor virá por certo
como o vento cantando no pomar
anunciando no sonho já desperto
o dia certo em que tu irás chegar.

Enquanto tu és apenas esperança
eu vivo de saudade da lembrança
de morrer do desígnio de sonhar:

que teu amor é doce destempero
de meu amor de paz e desespero
do que morri de tanto te esperar.

Afonso Estebanez

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