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23 de set. de 2009

ALLEGRO MA NON TROPPO



Fica a paz de um canto triste
dos riachos que vão embora,
vem a tarde e o canto insiste
nos meus ouvidos de aurora.

Resta uma chama encostada
numa sombra sem memória,
fica a noite e um quase nada
do que fora a minha história.

Não sou mais aquela infância
debruçada em teus terraços.
Vais!... E deixas a Esperança
desmaiada nos meus braços.

O homem nasce e vira glória
quando é pedra e vira a flor:
Deus então mais comemora
quando é barro e vira amor.

Afonso Estebanez

2 comentários:

  1. Belos versos, com tanta simplicidade e sem esforço, foi um prazer poder ler esta poesia.
    Sds.

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  2. Belos versos, meu caro poeta, agradeço a Amiga Maria Madalena por através do Blog dela conhecer sua poesia.
    Sds.

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