
Poesia não é palavra
ou o ouro ou a lavra.
Poesia é de ninguém.
Não é o elo perdido,
e o seu único sentido
é aquele que não tem.
Poesia enquanto fala
é então que ela se calas
e não é verbo de ação.
O som é só o fonema
que resvala no poema
sua força da expressão.
Poesia não é o ponto
ou o furo do pesponto
não é forno nem é pão
Ou o ovo ou a galinha
ou a agulha ou a linha
ou o fogo ou o carvão.
Poesia é um absurdo
é o nada sendo tudo
o obscuro da sintaxe.
É o ser e é o não ser!
Impossível de nascer,
é daí que ela renasce...
[A. Estebanez ]
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