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26 de mar. de 2009

POEMA DO MAR COTIDIANO...


Aqui ao seu redor me têm o mar cotidiano
e a placidez marinha da viagem concluída.
É o quanto basta além da linha do oceano
para eu morrer pelos encantos desta vida.

O mar me fala sobre santidade de religião
bandida e traz notícia sobre gente suicida.
Que importa à Iemanjá a hora do alcorão
e aos mortos que nem sabem desta vida...

Aves me vêm banidas da rebelião insana,
nada que aos deuses seja dado controlar.
Minha alma tem a paz ainda que profana
das sacras liturgias das religiões do mar.

Aqui ao meu redor os da família, mortos,
fazem barcos de papel para me confortar
e tenho aqui o amor sacrílego dos portos
despertados dos corpos cálidos de amar.

Aqui me vem o mar em cortesia há anos
trazer-me a lucidez da viagem resolvida.
E isso é tudo, além do mar e os oceanos
para viver do que me resta desta vida!...

A. Estebanez
(Dedicado com carinho à sempre amiga
Nolivia Fagundes *Poesias* - Comunidade
“Encontro com a Poesia e Amigos”)

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