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26 de jul. de 2008

Canção sonolenta



Correm lentos noite e rio
nos atalhos entre o vento
aquecendo a mão do frio
nos retalhos do relento...

A brisa vem-me acalmar
de antigo ressentimento
e o vento me vem cantar
de tanto contentamento.

Na alameda à luz da lua
sob o céu além do tempo
nas poças d’água da rua
entre luzes me contemplo...

Futuro não tem passado
e o presente não tem fim.
Há em mim um outro lado
de um outro lado de mim...

Jaz-me a alma repousada
e uma flor calada em mim
como saudade encostada
o canteiro de um jardim...

[A. Estebanez]

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