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2 de mar. de 2014

HENDECASSILABITÁLICO


De amor meus crepúsculos tintos de vinho
Torrente de escombros de eu n’eles chorar
Que sofra eu de n’eles andar sem caminho
Ou moyr'eu, Senhor, por me d'eles deixar.

Meu canto noturno é de algum passarinho
Que a aurora me traz se a saudade chegar
Com rosas despidas de dor ou de espinho
Ou moyr'eu, Senhor, por vos n'elas amar.

Em nome do amor hei vencido meu vício
Purgado em esfera onde o meu sacrifício
Foi moyr'eu, Senhor, por me d'eles remir.

Não tenho um jazigo de sonhos passados
Só portas de entrada de amores deixados
Pois moyr'eu, Senhor, se me d'eles partir.

Afonso Estebanez Stael
(Em poema dedicado ao meu V:. Ir:. e notável
advogado gaúcho Pedro Danilo, de passagem
pela verdejante Porto Alegre/RS,
em memorável primavera de 2013)

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